domingo, 30 de maio de 2010

Introdução

Através da elaboração deste trabalho, pretendemos aprofundar a temática relativa à manipulação genética.
Queremos mostrar a todos os visitantes do nosso blog, temas como:
  • Manipulação genética;

  • Clonagem;

  • Tipos de clonagem;

  • Vantagens e desvantagens da manipulação genética;

  • Alimentos transgénicos;

  • Vantagens e desvantagens dos alimentos transgénicos;

  • Entre outros.


Deste modo temos como objectivo realizar um PowerPoint elucidativo, a passagem de pequenos excertos de vídeos e como forma de sintetizar todo este trabalho visamos elaborar um folheto que resuma de forma breve e objectiva todos os tópicos pelo grupo abordados.

Manipulação genética

Conceito
Dá-se o nome de modificação genética ao processo de manipulação dos genes num organismo, geralmente fora do processo normal reprodutivo deste. Estas modificações envolvem frequentemente o isolamento, a manipulação e a introdução do ADN num chamado "corpo de prova", geralmente para exprimir um gene. O objectivo é de introduzir novas características num ser vivo para aumentar a sua utilidade, tal como aumentando a área de uma espécie de cultivo, introduzindo uma nova característica, ou produzindo uma nova proteína ou enzima.
Engenharia genética, modificação genética ou manipulação genética?
Existe uma enorme controvérsia à volta desta pergunta, a modificação genética ou manipulação genética são termos preferidos por alguns pesquisadores, que afirmam que por serem neutros, é preferível o uso destes ao da designação engenharia genética, considerada controversa.
Vários opositores do termo modificação usam a palavra engenharia genética e discutem sobre a manipulação dos genes em combinação com a bioquímica das células, pois pouco se sabe dos danos colaterais ocorridos após a modificação de um organismo.
A relutância de se reconhecer a palavra engenharia tornou-se popular nos movimentos anti-globalização e seguramente na maior parte dos partidos ecológicos especialmente na França e na
. Naquelas regiões predomina uma resistência às políticas agrícolas que utilizam o alimento geneticamente modificado.
Os grupos contrários ao consumo de subprodutos alimentares geneticamente modificados, tendem a resistir ao termo engenharia genética porque a palavra modificação causa um impacto maior.
Todos aqueles que defendem o termo da engenharia genética afirmam que a pecuária e a agricultura são também formas da engenharia pelo uso da selecção artificial em vez de técnicas de modificação genética moderna.


Não são os políticos que discutem as causas económicas ou cientificas que geram nos seus trabalhos de fiscalizações atentas, são os cientistas. Estes, não contrariam o termo modificação genética no que se aplica ao seu trabalho, mas sim a forma como é substituído o termo engenharia.

Questões éticas

  • Aspectos Legais:

Lei 8974/95:Normas para o uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados - proíbe a utilização de embriões em pesquisas e a manipulação de células germinativas.


Resolução 196/96:Directrizes e Normas de Pesquisa em Seres Humanos - todas as pesquisas que envolvem genética humana, realizadas no Brasil, devem ser aprovadas pelo Comité de Ética em Pesquisa e pelo Comité de Biossegurança de cada instituição e submetidos, posteriormente, à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).


Instrução Normativa 08/97 CTNBio/MCT:- proíbe manipulação genética de células germinais e totipotentes e de clonagem em seres humanos.

  • Aspectos Éticos:


As doenças genéticas são doenças incuráveis, sendo que algumas têm tratamento. Em vários casos existem genes que aumentam os factores de risco para outras doenças. Entre os adultos com doenças crónicas, 10% tem algum problema de origem genética, e 33% dos internamentos pediátricas tem problemas genéticos associados.

Em 1966, eram conhecidas 564 doenças genéticas, em 1992 eram 3307 doenças caracterizadas. No início do século XX, 3% das mortes perinatais eram devidas a causas genéticas, já na década de 90 este valor atingiu o valor de 50%. Com as informações produzidas pelo Projeto Genoma Humano, o número de doenças caracterizadas como tendo componente genético tende a aumentar.

Estas doenças trazem consigo alguns dilemas éticos:

É eticamente adequado diagnosticar doenças sem cura ?

É eticamente adequado testar indivíduos portadores assintomáticos, que apresentem risco apenas para a prole?

É eticamente adequado realizar estes testes em pacientes com possibilidade de doenças degenerativas de início tardio?

A alternativa mais promissora para o tratamento destas doenças é a terapia génica, a partir de técnicas de Engenharia Genética.

A terapia génica germinativa baseia-se na alteração de células reprodutivas (óvulos, espermatozóides ou células precursoras). Além das questões éticas, esta terapia apresenta inúmeros problemas operacionais: alta taxa de mortalidade; desenvolvimento de tumores e malformações; alteração de embriões potencialmente normais e a irreversibilidade das acções.

Ética

Passado
Genética - Buscava explicar as origens e as formas de transmissão das características.
Ética - Buscava as justificar as acções entre indivíduos contemporâneos e geograficamente próximos.

Presente
Genética - Assusta com a irreversibilidade das acções presentes sobre o futuro.
Ética - Preocupação com as gerações futuras, com os indivíduos ainda não existentes, que jamais conheceremos.

Clonagem

Conceito

A clonagem é a produção de seres geneticamente iguais. É um processo de reprodução assexuada que resulta na obtenção de cópias geneticamente idênticas de um mesmo ser vivo – micro organismo, vegetal ou animal.
A reprodução assexuada é um método próprio dos organismos constituídos por uma única ou por um escasso número de células, por via de regra absolutamente dependentes do meio onde vivem e muito vulneráveis às suas modificações.
No conteúdo biológico, a clonagem é o processo de produção das populações de indivíduos geneticamente idênticos, que ocorre na natureza quando organismos, tais como bactérias, insectos e plantas reproduzirem assexuadamente. Clonagem em biotecnologia refere-se aos processos usados para criar cópias de fragmentos de ADN (Clonagem molecular), células (Clonagem Celular), ou organismos. Mais genericamente, o termo refere-se à produção de várias cópias de um produto, tais como os meios digitais ou de software.

Tipos de Clonagem

Existem vários tipos de clonagem:
  • Clonagem natural:
    A clonagem é natural em todos os seres originados a partir de reprodução assexuada (ou seja, na qual não há participação de
    células sexuais), como é o caso das bactérias, dos seres unicelulares e mesmo da relva de jardim. A clonagem natural também pode ocorrer em mamíferos, como no tatu e nos gémeos uni vitelinos. Nos dois casos, embora haja reprodução sexuada na formação do ovo, os descendentes idênticos têm origem a partir de um processo assexuado de divisão celular. Os indivíduos resultantes da clonagem têm, geralmente, o mesmo genótipo, isto é, o mesmo gene, ou património genético

  • Clonagem induzida:
    A clonagem induzida é feita a partir de um processo no qual é retirado de uma
    célula o núcleo, e de um óvulo a membrana. A junção dos dois é colocada numa barriga de aluguer, ou mesmo num laboratório, para a clonagem terapêutica.
    A clonagem induzida artificialmente é uma técnica da engenharia genética aplicada em vegetais e animais, ligada à pesquisa científica. Nesse caso, o termo aplica-se a uma forma de reprodução assexuada produzida em laboratório, de forma artificial, baseada num único património genético. A partir de uma célula-mãe, ocorre a produção duma ou mais células (idênticas entre si e à original), que são os clones. Os indivíduos resultantes desse processo terão as mesmas características genéticas do indivíduo "doador", também denominado "original".

  • Clonagem reprodutiva:
    Esta técnica foi usada por cientistas durante muitos anos, para clonar
    animais através de células embrionárias. Como o nome da técnica implica, a transferência duma célula somática está envolvida neste processo. Esta célula somática é introduzida numa célula retirada de um animal (ou humano), logo depois da ovulação. Antes de introduzir a célula somática, o cientista deve remover os cromossomas, que contêm genes e funcionam para continuar a informação hereditária, da célula recipiente.
    Após ter introduzido a célula somática, as duas células fundem-se. Ocasionalmente, a célula fundida começará a tornar-se como um
    embrião normal, produzindo a prole, colocando-se no útero de uma "mãe de aluguer" para um desenvolvimento mais propício.

  • Clonagem embrionária:
    Através deste processo, multiplica-se o embrião do animal em estudo produzindo, assim, gémeos, trigémeos, etc. É um processo similar ao do que se observa na natureza. Embora seja usado há anos com animais, no entanto em seres humanos foram feitas muito poucas experiencias.

  • Clonagem terapêutica:
    A Clonagem Terapêutica é um procedimento cujos estágios iniciais são idênticos à clonagem para fins reprodutivos mas que difere no facto do blastócito não ser introduzido no útero: este é utilizado em laboratório para a produção da célula embrionária/células-tronco a fim de produzir tecidos ou órgão para transplante.
    Esta técnica tem como objectivo produzir uma cópia saudável do tecido ou do órgão duma pessoa doente para transplante. As Células embrionárias são particularmente importantes porque são multifuncionais, isto é, podem ser usadas em diferentes tipos de células. Podem ser utilizadas no intuito de restaurar a função de um órgão ou tecido, transplantando novas células para substituir as células perdidas pela doença, ou substituir células que não funcionam adequadamente devido a um defeito genético (ex: neurónio/doenças neurológicas, diabetes, coração/problemas cardíacos, acidente vascular cerebral, lesões da coluna cervical e sangue/doenças sanguíneas etc… ).

Clone

Conceito


Clone é um conjunto de células geneticamente idênticas que são todas descendentes duma célula ancestral, podendo dar origem a um grande número de organismos iguais entre si. Designa também todos os indivíduos, considerados colectivamente, resultantes da reprodução assexuada (ou partenogénese ou apoximia) duma única forma inicial individualizada. É também a réplica exacta dum gene obtido por engenharia genética numa sequência de ácido desoxirribonucleico (ADN). Os componentes dum clone têm sempre a mesma constituição genética desde que não ocorram quaisquer mutações.

Benefícios da clonagem humana

  • O rejuvenescimento. O Dr. Richard Seed, um dos principais propulsores da clonagem humana, sugere que um dia, poderá vir a ser possível inverter o processo do envelhecimento devido à aprendizagem que nos é fornecida através do processo de clonagem;
  • A tecnologia humana da clonagem podia ser usada para inverter os ataques cardíacos. Os cientistas afirmam que conseguirão tratar vítimas de ataques cardíacos através da clonagem das suas células saudáveis do coração, e injectando-as nas áreas do coração que foram danificadas. As doenças cardiovasculares são a maior causa de morte em grande parte dos países industrializados;
  • Casos de infertilidade. Com a clonagem, os casais inférteis poderiam ter filhos. Uma estimativa é de que os tratamentos actuais de infertilidade são menos de 10 por cento bem sucedidos. Os casais passam por um sofrimento psíquico e emocional muito grande, para uma possibilidade remota de ter filhos. Muitos perdem o seu tempo e dinheiro sem sucesso. A clonagem humana torna possível fazer com que muitos casais inférteis consigam ter filhos.
  • A Cirurgia plástica, reconstrutiva e estética. Devido à clonagem humana e à sua tecnologia, os problemas, que, por vezes, ocorrem depois de algumas cirurgias de implantes mamários ou de outros procedimentos estéticos deixam de existir. Com a nova tecnologia, em vez de usar materiais estranhos ao corpo, os médicos serão capazes de manufacturar o osso, a gordura, ou a cartilagem que combina os tecidos dos pacientes exactamente. Qualquer um poderá ter a sua aparência modificada para sua satisfação, sem riscos de doença. As vítimas dos acidentes terríveis que deformam o rosto (por exemplo), devem assim conseguir voltar a ter as suas características, sendo reparadas e de maneira mais segura. Os membros para amputados também poderão vir a ser regenerados.
  • Implantes mamários. Muitas pessoas verificaram que os implantes mamários as faziam ficar doentes, com doenças próprias dos seus sistemas imunes, devido a algumas incompatibilidades produzidas por materiais usados no aumento de peito. Com a clonagem humana e a sua tecnologia de implantes mamários e outros formulários da cirurgia estética, poderia ser feito com implantes que não seriam diferentes dos tecidos normais da pessoa.
  • Genes defeituosos. Cada pessoa carrega em média 8 genes defeituosos dentro dela. Estes genes defeituosos permitem que as pessoas fiquem doentes quando permaneceriam doutra maneira, saudáveis. Com a clonagem e a sua tecnologia pode ser possível assegurar-se de que não soframos mais por causa dos nossos genes defeituosos.
  • Casos de Síndrome de Down. As mulheres com risco elevado para a Síndrome de Down poderão evitar esse risco através da clonagem;
    Problemas no
    fígado e nos rins. Poderá ser possível clonar fígados humanos para transplante dos mesmos;
  • A Leucemia. Este espera-se ser um dos primeiros benefícios a vir desta tecnologia;
  • Vários tipos de Cancro. Poderemos aprender como trocar células, ‘‘on’’ and ‘‘off’’, através da clonagem, e assim, ser capaz de curar diversos cancros. Os cientistas ainda não sabem exactamente se as células se diferenciam em tipos específicos do tecido, nem compreendem porque células cancerígenas perdem o seu isolamento;
  • Fibrose Cística. Poderemos conseguir produzir uma terapia genética eficaz contra a fibrose cística. Alguns cientistas já se encontram a trabalhar nesta área;
  • Ferimento da coluna vertebral. Aprenderemos a fazer crescer, outra vez, os nervos ou a parte posterior da coluna vertebral, quando magoada. Tetraplégicos poderão sair das suas cadeiras de rodas e voltar a andar.
    Testar algumas
    doenças genéticas. A clonagem pode ser usada para testar, e talvez curar, doenças genéticas.
  • As espécies em vias de extinção poderiam ser salvas - com a pesquisa que conduz à clonagem humana nós aperfeiçoaremos a tecnologia para clonar animais, e assim nós poderíamos para sempre preservar a espécie posta em perigo, incluindo seres humanos.

Riscos da clonagem humana

  • A possibilidade de comprometer a individualidade;
  • A perda de variabilidade genética;
  • Envelhecimento precoce;
  • Grande número de anomalias;
  • Lesões hepáticas, tumores, baixa imunidade;
    Um mercado negro de fetos pode surgir, de doadores "desejáveis" que queiram clonar-se a eles próprios, como estrelas de cinema, atletas entre outros;
    A tecnologia não está ainda bem desenvolvida, tendo uma baixa taxa de fertilidade (para clonar a
    Dolly foram precisos 277 ovos, 30 começaram a dividir-se, 9 induziram a gravidez e apenas 1 sobreviveu);
  • Os clones poderão ser alvo de discriminação por parte da sociedade;
  • Os clones poderão estar sujeitos a problemas psicológicos desconhecidos, com impacto na família e na sociedade.
  • Esta temática da clonagem poderá contribuir, de certa forma, para o aumento da população mundial, o que significa que, se a clonagem começar a ser realizada, os recursos naturais poderão começar a esgotar-se ainda mais rapidamente, pois as pessoas serão em maior número e os recursos manter-se-ão ou diminuirão de quantidade.

Ovelha Dolly


Antes da clonagem da ovelha Dolly, os investigadores tinham chegado a clonar ovelhas a partir de células embrionárias. Em Fevereiro de 1997, um grupo de cientistas Escoceses, liderado pelo inglês Ian Wilmut, anuncia a realização da primeira cópia genética (clonagem) de um mamífero adulto de seis anos, a partir duma célula somática: a ovelha da raça Finn Dorset, batizada como Dolly. Na experiência, os pesquisadores usaram uma célula da glândula mamária, cujo núcleo (onde está armazenado o material genético) foi retirado e transferido para um óvulo enucleado. Essa nova célula formada com o auxílio duma corrente eléctrica foi então implantada no útero de uma terceira ovelha, onde Dolly foi gerada.

No entanto, enquanto a maior parte das ovelhas vive entre os 11 e os doze anos, Dolly morreu com seis anos e meio após ter começado a manifestar doenças frequentemente associadas à velhice, a partir da idade de cinco anos e meio.
Um dos temores principais era que Dolly nascesse prematuramente velha. Dolly deu nascimento a 4 ovelhas, o primeiro nascimento teve lugar em
1998, as três seguintes em 1999. Este nascimento foi de excelentes notícias, provando que o animal clonado não era um estéril e podia reproduzir-se sem problema essencial. Recentemente tem sido demonstrado uma relação directa entre a dimensão dos telómeros e a esperança de vida (a dimensão dos télomères influencia a esperança de vida). Os telómeros agiriam como um relógio molecular que controla o número de divisão da célula antes de induzir a sua morte. Em 1999, os cientistas observaram que as células Dolly apresentavam sinais de envelhecimento. Em Janeiro de 2002, foi anunciado que Dolly apresentava sinais de artrite ao quadril e os joelhos esquerdos. A artrite é uma doença bastante comum nas ovelhas, mas habitualmente a artrite aparece numa idade mais avançada, bem como uma localização diferente. A artrite foi tratada eficazmente graças a anti-inflamatórios.

Os investigadores dizem que é necessário esperar os resultados da
autópsia para determinar se esta doença é ligada ao facto de Dolly ser um animal clonado. Contudo favorecem actualmente outra hipótese. É com efeito possível que Dolly foi vítima duma infecção que progride lentamente. Recusaram-se a citar o nome da infecção, afirmaram que pelo menos outra ovelha da exploração agrícola onde se encontrava Dolly tinha apresentado os mesmos sinais clínicos. Para eles a explicação mais provável é por conseguinte que Dolly apanhou esta infecção.
Dolly morreu imediatamente após o seu 6º aniversário. Com efeito, os cromossomas que permitiram criar Dolly viviam há mais de doze anos, e é nessa idade que as ovelhas costumam morrer.

Clonagem em Portugal

Enquanto em Espanha, Grécia ou Itália, a lei proíbe toda e qualquer investigação sobre a clonagem humana, há sete Estados-Membros da União Europeia nos quais esta possibilidade não está sequer prevista, e Portugal é um deles. Isto quer dizer que, teoricamente, é possível realizar, em Portugal, a clonagem dum embrião humano, com fins experimentais, à semelhança do que foi feito nos E.U.A.

O alerta partiu da própria Comissão Europeia que adianta que, no caso português, nem sequer está prevista qualquer legislação nesse sentido. Assim, seria legal realizar uma experiência deste tipo em Portugal, o mesmo acontecendo na Bélgica, Finlândia, Dinamarca, Luxemburgo, Holanda e Suécia.

Uma directiva de 1998 proíbe toda a utilização de embriões para fins comerciais e industriais sem, no entanto, tratar os programas de investigação e desenvolvimento de experiências neste campo. Apenas três países da União Europeia assinaram e ratificaram a Convenção de Oviedo (Espanha), elaborada em 1997 no âmbito do conselho da Europa, que prevê a interdição de toda a investigação sobre clonagem humana: Espanha, Grécia e Itália. Portugal assinou a Convenção mas ainda não a ratificou. França, Alemanha e Áustria não ratificaram nem assinaram o documento, mas tem legislação nacional que impede qualquer experiência desse tipo, enquanto na Irlanda essa disposição está prevista na Constituição. Por seu lado, o Reino Unido está a examinar, com carácter de urgência, uma proposta de lei para impedir a clonagem humana para fins de reprodução.

Alimentos transgénicos

Conceito

Alimentos transgénicos ou geneticamente modificados são plantas cujos genes são alterados em laboratório de forma distinta do que o ambiente natural habitualmente altera. Estes alimentos são modificados geneticamente de forma a fazerem desses mesmos alimentos, seres vivos mais resistentes e com outras qualidades não habituais na Natureza. Estes genes que lhes são inseridos podem conceder-lhes resistência contra insectos, herbicidas ou mesmo temperaturas baixas.
Actualmente, o cultivo destes alimentos não está de todo autorizado no continente europeu. O caso mais conhecido é o milho produzido na Espanha, o chamado milho Bt, que foi autorizado em 1998, sendo que este milho protege contra a bicha-amarela, insecto que frequentemente destrói plantações de milho. Pensa-se que 6% do milho plantado no território de “nuestros hermanos” é geneticamente modificado.
Para além do milho, há mais 17 espécies transgénicas permitidas na Europa tais como a colza, endívias, tabaco e craveiros. Noutros países, como os Estado Unidos da América, é produzida soja geneticamente modificada, usada para rações de animais. 81% da soja deste país é, aliás, transgénica. Para além disso, cerca de 3 quartos do algodão dos EUA é também geneticamente modificado sendo que 40% do milho está também nestas condições.
No México, por exemplo, o algodão transgénico é também permitido. No Brasil, é também plantada soja geneticamente modificada, apesar desta ser sem autorização.

Peritos, entendem que a agricultura biotecnológica por si só não é um problema e cada caso tem se ser acompanhado especificamente porque, indicam estudos da Royal Society de Londres, a beterraba transgénica provoca mais danos ambientais do que a natural mas em contrapartida, o milho transgénico é bem melhor para a Natureza do que o natural.
O que é facto é que os transgénicos quando colocados na Natureza, jamais serão retirados e é por isso que devemos tomar muitas precauções quando o fizermos e devemos ter a certeza daquilo que afecta ou não negativamente o ambiente.
Marcas alimentares conhecidas como a Kellog´s, Maggi, Nestelé, Champion, Knorr ou Parmalat usam produtos geneticamente modificados. Mas os animais são aqueles que consomem mais alimentos transgénicos. Pedrigree, Whiskas ou Friskies usam também produtos geneticamente modificados.
A verdade é que até hoje, sabe-se que estes produtos provocam perda de biodiversidade e, a nós humanos, as alergias, principalmente em relação aos mais novos, são frequentes. Para além disso, é previsível que os transgénicos provoquem substâncias tóxicas ao homem. Até os medicamentos, como a insulina, são geneticamente modificados.
Podemos concluir que ainda não sabemos muito sobre estes produtos e, por isso, não devemos tirar elações erradas sobre estes. Resta-nos aguardar por dados científicos mais concretos que nos possibilitem formular uma opinião mais correcta.
Mas como normalmente o ser humano tem medo do desconhecido, talvez eu tenha alguma dificuldade em aceitar os transgénicos, precisamente por não saber se estes são prejudiciais à saúde apesar de, provavelmente já ter ingerido alguns alimentos geneticamente modificados.

Vantagens dos Transgénicos

  • O alimento pode ser enriquecido com um componente nutricional essencial. Um feijão geneticamente modificado por inserção de gene da castanha do Para passa produzir metionina, um aminoácido essencial para a vida. Um arroz geneticamente modificado produz vitamina A;

  • O alimento pode ter a função de prevenir, reduzir ou evitar riscos de doenças, através de plantas geneticamente modificadas para produzir vacinas, ou iogurtes fermentados com micro organismo geneticamente modificados que estimulem o sistema imunológico;

  • A planta pode resistir ao ataque de insectos, seca ou geada. Isso garante estabilidade dos preços e custos de produção. Um micro organismo geneticamente modificado produz enzimas usadas na fabricação de queijos e pães o que reduz o preço deste ingrediente; Sem falar ainda que aumenta o grau de pureza e a especificidade do ingrediente e permite maior flexibilidade para as indústrias;

  • Aumento da produtividade agrícola através do desenvolvimento de lavouras mais produtivas e menos onerosas, cuja produção agrida menos o meio ambiente.

Desvantagens dos transgénicos

  • O lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente, o que pode causar resultados inesperados uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afectados.

  • Os genes são transferidos entre espécies que não se relacionam, como genes de animais em vegetais, de bactérias em plantas e até de humanos em animais. A engenharia genética não respeita as fronteiras da natureza – fronteiras que existem para proteger a singularidade de cada espécie e assegurar a integridade genética das futuras gerações.

  • A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo porque a invasão de pestes, doenças e ervas daninha sempre é maior em áreas que plantam o mesmo tipo de cultivo. Quanto maior for a variedade (genética) no sistema da agricultura, mais este sistema estará adaptado para enfrentar pestes, doenças e mudanças climáticas que tendem a afectar apenas algumas variedades.

  • Organismos antes cultivados para serem usados na alimentação estão sendo modificados para produzirem produtos farmacêuticos e químicos. Essas plantas modificadas poderiam fazer uma polinização cruzada com espécies semelhantes e, deste modo, contaminar plantas utilizadas exclusivamente na alimentação.

  • Os alimentos transgênicos poderiam aumentar as alergias. Muitas pessoas são alérgicas a determinados alimentos em virtude das proteínas que elas produzem. Há evidências de que os cultivos transgênicos podem proporcionar um potencial aumento de alergias em relação a cultivos convencionais.

Conclusão

Com este trabalho desenvolvemos as nossas capacidades não só a nível intelectual, ao aprofundar a temática acerca da manipulação genética mas também a nível colectivo ao aprendermos a trabalhar em grupo para que a estruturação do trabalho fosse conseguida da melhor maneira através do esforço conjunto de todos os elementos do grupo.
Focámos todos os assuntos que achamos pertinentes e essenciais de modo a simplificar o trabalho para que este se tornasse o mais objectivo possível.
Dentro do trabalho e relativamente ao nosso projecto, agradecemos desde já a atenção e disponibilidade do professor ao tirar todas as dúvidas que eventualmente poderiam existir, e ao deixar-nos usufruir, inclusive no seu tempo de aula, de todos os meios necessários em prol do sucesso do mesmo.
Trabalho realizado por:
Fábio
João Ferreira
Ricardo
Tiago Brito
11º TPG